Existe mais de um tipo, cada um com suas próprias características.

Falar em lentes de contato ainda é trazer à mente da maioria das pessoas o material utilizado para corrigir problemas de visão: aqueles círculos transparentes, feitos de material muito fino, mais rígido ou mais flexível, colocado sobre as pupilas de quem tem miopia, astigmatismo etc. e quer ter uma alternativa aos óculos. Essa associação imediata é lógica e compreensível: são essas as lentes de contato com que quase todo mundo já teve alguma, digamos, convivência.

Mas o fato é que a palavra “lente” ganhou, com o tempo e por analogia, um significado normalmente não dicionarizado que pode ser enunciado mais ou menos por algo como “um objeto composto por uma camada muito fina de algum tipo de material”. Se aceitarmos que “lente” é isso, então todo material finíssimo colocado em contato com uma superfície pode ser chamado de “lente de contato”. É o caso das “lentes de contato dentais” (ou “dental”, com o adjetivo concordando com “contato”, em vez de “lentes”, uma questão de opção), hoje já jargão da área odontológica que adotamos também aqui na Implanta.

Vale dizer que parte dos profissionais de odontologia chama as peças finíssimas de “faceta” e as ultrafinas de “lentes”, mas também há quem não faça essa distinção, chamando tudo de “lâmina” ou “lente”. Nesse texto, não diferenciamos “faceta” e “lente” pela espessura.

Bem, se relativamente pouca gente sabe que lentes de contato podem ser dentais, menos gente ainda deve saber que elas podem ser feitas de mais de um material, e que cada um deles tem suas próprias características e indicações. Em parte dos casos, a opção pode ser feita em conjunto por dentista e paciente. Às vezes, quando algum critério técnico se impõe, o profissional pode ter de “decidir sozinho” – ou seja, deixar claro que só existe uma opção para aquele caso – a fim de preservar a saúde bucal e geral do paciente, e até seu investimento.

Na verdade, os diferentes tipos de lentes de contato dentais podem ser complementares e fazem parte do encantador e complexo processo de transformação de um sorriso. Combinando esses recursos, é possível aumentar o tamanho dos dentes, mudar sua posição ou formato e esconder trincas. E quais são as opções de lentes de contato dentais que existem hoje? Basicamente, duas: facetas de resina e lâminas de porcelana. E quais são as diferenças entre elas? Vejamos…

A facetas de resina são mais utilizadas em situações emergenciais, como correções de fraturas nos dentes ou preenchimento de intervalos entre as unidades dentais. São também mais práticas em termos de aplicação, custo e duração do tratamento, entre outros motivos porque exigem menor desgaste dos dentes e podem ser produzidas no consultório, pelo próprio dentista. Porém, têm menor durabilidade e são mais suscetíveis a adquirir manchas escuras, principalmente se o paciente possui como hábito, às vezes vício, consumir muito café e alimentos com corantes, ou ainda – o pior deles – fumar.

Já as lentes de porcelana são bem mais duráveis, indicadas para correções maiores, têm grande resistência a manchas/amarelamento e são muito utilizadas com fins puramente estéticos: produzir aquele sorriso bem branquinho, até luminoso, que se vê cada vez mais nas bocas de artistas e outras celebridades, tanto da TV quanto de outras mídias. Também exigem um pouco mais de desgaste dos dentes naturais e o custo é significativamente maior quando comparado às de resina.

Existem outros aspectos, mais técnicos, que podemos explorar em matérias futuras – por exemplo, as características superiores do tipo de cerâmica utilizado hoje (dissilicato de lítio), em relação à que era utilizada anteriormente (porcelana feldspática). Mas neste artigo o leitor já tem uma boa visão geral, suficiente para saber que dispõe de mais de uma opção para cuidar de seu sorriso e até mesmo para embasar uma boa conversa com seu dentista.

Claro que existem certos padrões a ser seguidos, mas evidentemente o tratamento é individualizado e é preciso considerar as necessidades, expectativas e condições de cada paciente, em vários aspectos, inclusive o econômico. Todo tratamento odontológico, seja com fins funcionais, seja com fins estéticos – ou ambos – tem de ser visto como o sorriso de cada pessoa: único.

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