Não é só cada unidade dental que tem, ao mesmo tempo, suas próprias características – únicas – e, digamos, um complexo relacionamento com seus “vizinhos” mais próximos e mais distantes.

O conjunto das unidades dentais, a soma de seu passado e presente, a posição de cada uma em relação às outras e os sinais de cada intervenção executada também formam o que poderíamos chamar, com alguma liberdade poética, de uma “personalidade odontológica”.

É dela que ouvimos falar em filmes e séries de investigação policial, quando se quer identificar alguém que teve um fim trágico. Em especial nas histórias um pouco mais antigas, da era pré-popularização do DNA.

Porque assim como impressões digitais variam mesmo entre gêmeos idênticos, não existem duas arcadas dentárias exatamente iguais. Pode ser por uma fração de milímetro, mas cada arcada é única, uma outra expressão inseparável e inimitável de cada indivíduo.

Saindo das histórias policiais e entrando na vida comum, é também essa unicidade que dá a cada sorriso seu encanto particular, e também o que nos incomoda na visível uniformidade que se pronuncia nas bocas de tantos famosos.

Qual é a graça de um sorriso se ele for parecido com o de muitas outras pessoas? Mesmo que em nível detalhamento técnico continue sendo possível identificar diferenças, a alta semelhança a olho nu frustra o desejo humano pela variação.

Será que em silêncio não estamos saudosos do tempo em que figuras internacionalmente conhecidas – provavelmente de modo involuntário –  tornaram aceitáveis esteticamente características como os dentes da frente separados (diastema), do qual são expoentes famosíssimos Madonna e Arnold Schwarzenegger?

Será que em nome de uma obediência demasiada a um padrão não eatamos sacrificando a indvidualidade que os dentes têm, e que também tornam cada sorriso único?

Sim, é possível deixar os dentes mais alinhados, mais brancos, mais brilhantes – e isso é certamente desejável. Mas ter um padrão como referência é diferente de considerá-lo absoluto e segui-lo radicalmente.

O melhor ganho estético talvez seja o que mantém intocado algo que alguém até chamaria de “um defeitinho”,  mas que, exceto em casos de possíveis problemas funcionais envolvidos, diferenciam um sorriso.

Sim, a beleza com certeza está na aproximação do sorriso a um certo padrão. Mas também – irônica, mas não contraditoriamente – nas (muitas vezes) pequeníssimas diferenças em relação a esse mesmo padrão.

É possível ter um sorriso mais bonito sem desprezar essas sutis, mas valiosas, diferenças. O caminho é o diálogo entre o cliente e o profissional que o atende. E é importante refletir sobre o assunto.

De novo: quando estamos falando de sorrisos, estamos falando também em um importante componente da personalidade.

 

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