Consagrou-se na mente das pessoas, pelo menos de certas gerações, a ideia de que “usar aparelho” nos dentes é coisa de adolescente. Isso está “registrado” em incontáveis filmes, novelas, revistas e histórias, ficcionais ou não, nas mais variadas plataformas de mídia. Mas o aparelho ortodôntico – nome tecnicamente mais correto desse instrumento valioso da odontologia – cada vez mais se firma como um recurso de saúde odontológica e autoestima em todas as faixas etárias.

Evidentemente, isso se deve à evolução de técnicas e materiais odontológicos, mas existe um fator determinante que pouca gente conhece: é possível corrigir a posição dos dentes porque eles se movimentam a vida inteira. Sim, a impressão de que as unidades dentais naturais são estruturas fixas não corresponde à realidade milimétrica da boca. Os dentes se movimentam o tempo todo, fisiologicamente, na mastigação, na deglutição, na fala. Essa mobilidade microscópica, quando dentro da normalidade, é importante para a saúde e o conforto da pessoa.

Assim como as estruturas de prédios parecem extremamente sólidas, mas na verdade são projetadas para ter certa flexibilidade – porque se forem rígidas demais podem se romper com a ação do vento, por exemplo – os dentes quase sempre parecem imóveis, mas na verdade “dançam” sobre, e em volta, das estruturas que os sustentam, mesmo que isso seja invisível a olho nu. Quem já extraiu um dente da arcada inferior, por exemplo, pode ter notado (ou sido informado pelo dentista) que o dente correspondente da arcada superior “desceu”, ou seja, movimentou-se para baixo. Sem seu antagonista, ele ocupa parte do espaço.

É devido a essa mobilidade fisiológica e natural dos dentes que é possível alinhá-los com aparelhos ortodônticos em qualquer fase da vida. Quando o paciente é mais jovem – como os adolescentes dos filmes – o corpo ainda em formação favorece e pode acelerar o processo. Mas em fases mais maduras o realinhamento também pode ser feito com sucesso, desde que não haja algumas condições impeditivas de saúde, como certos grau de diabetes ou osteoporose, por exemplo. Cada caso é um caso e precisa de avaliação individual. Porém, é fato que existem tratamentos ortodônticos viáveis, com objetivos e técnicas diferentes, para crianças desde a mais tenra infância e para as várias fases da vida adulta – inclusive para idosos.

E, hoje, além dessa grande amplitude etária, em boa parte dos casos é possível corrigir o posicionamento dos dentes com o uso de aparelhos transparentes, praticamente invisíveis. O princípio é o mesmo, mas em vez de ir ao dentista ajustar o aparelho tradicional, a determinados intervalos o aparelho transparente é substituído por outro, igualmente quase invisível, que pressiona os dentes um pouquinho mais na direção correta. A diferença é o maior conforto durante o processo e o visual, muito mais natural. Em artigo futuro deste blog, detalharemos como funciona esse tratamento, que está disponível aqui na Implanta.

Até lá, guarde essa informação preciosa: nossos dentes precisam ser fortes e firmes, mas nunca serão completamente imóveis. Ainda bem… é por causa disso que é possível realinhar o seu sorriso.